Novedades editoriales para el estudio de la Cultura Escrita

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Manuel Portela, O comercio da literatura. Mercado & representaçao.

Lisboa: Antígona, 2003, 464 p., ISBN: 972-608-165-3.


Presentación:
La era actual, se tivermos em conta principalmente o que se passa no nosso país, pode ser baptizada como A ERA DOS AUTORES; pois talvez nao tenha existido nunca uma época em que homens de todos os graus de capacidade, de toda a espécie de instruçao, de todas as profissoes e actividades, se tenham lançado com um tao geral entusiasmo aos prelos.
O domínio da escrita estava antes reservado àqueles que, através do estudo, ou da aparencia de estudo, se considerava terem adquirido um saber inacessível a parte laboriosa da humanidade; mas nestes dias iluminados, qualquer homem está qualificado para instruir qualquer outro homem; e aquele que malha a bigorna, ou conduz o arado, nao se contentando em suprir as necessidades corporais, entretém-se nas horas de lazer a proporcionar prazeres intelectuais aos seus concidadaos.

SAMUEL JOHNSON, IN THE ADVENTURER (1753)

Assim, nao há diferença entre o escritor nas suas águas-furtadas, e o escravo nas minas; a nao ser que o primeiro está situado ao ar livre, e o último nas entranhas da terra: a ambos Ihes sao atribuídas tarefas do mesmo modo: ambos tem de trabalhar e passar tome; e nenhum pode esperar libertaçao. O compilador tem de compilar; o escritor de escrever; saudável ou doente; com vontade ou sem ela; quer tenha assunto ou nao; até que, pelo desgaste combinado do trabalho, da penúria e do sofrimento, se lhe esgotem as capacidades, a constituiçao e todo o pouco capital de reputaçao que adquirira entre os do sector; que eram, porventura, todos quantos alguma vez ouviram talar no seu nome.

JAMES RALPH, o CASO DOS AUTORES DE PROFISSAO (1758)

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